Essa é uma pergunta bastante recorrente e muito simples de responder: não, nem todos reagimos da mesma forma com as vacinas.
Mas, por que isso acontece? Fisiologicamente todos somos iguais, porém cada organismo tem uma resposta diferenciada, em função do sistema imunológico de cada pessoa.
Além disso, existem outras razões que devem ser consideradas e que fazem a diferença nas reações que o organismo processa em relação a determinadas vacinas.
De modo geral, a maioria das pessoas saudáveis reage bem às vacinas, mas algumas podem não ficar protegidas.
Geralmente, a resposta imunológica é melhor em jovens, adultos e pior em crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças crônicas ou imunodeficientes, justamente por terem o seu sistema imunológico deficiente ou comprometido.
É NORMAL A REAÇÃO A QUALQUER VACINA?
Sim, é totalmente normal e, em certa medida, esperado, ao indicar que o sistema imunológico está se preparando para combater a doença para a qual a vacina foi administrada.
Dessa forma, é frequente que as pessoas apresentem algumas reações logo após receber a vacina, que podem incluir sensações de dor, vermelhidão e/ou inchaço no local da aplicação, além de febre, dores musculares e sensação de mal-estar.
Entretanto, essas reações, de modo geral, são leves e costumam ocorrer entre algumas horas ou três dias após a vacinação, desaparecendo tão rapidamente quanto surgiram, ou seja, em um período de dois a três dias.
Existem algumas situações, sendo pouco comuns, em que as reações podem ser mais severas, como reações alérgicas graves, fraqueza e alterações nos movimentos.
Nesses casos, é aconselhável procurar assistência médica para receber o tratamento adequado e garantir a saúde.
EM QUAIS SITUAÇÕES A RESPOSTA IMUNOLÓGICA NÃO FUNCIONA ADEQUADAMENTE
Embora a vacinação seja uma imunização ativa, isso é, depende da resposta do sistema imunológico de cada indivíduo, há casos em que existem fatores predominantes, que impedem que as reações sejam semelhantes e as vacinas não produzam os efeitos desejados: a imunização.
Porém, é preciso frisar que assim como os medicamentos possuem efeitos colaterais e algumas contraindicações, o mesmo ocorre com as vacinas, porém elas continuam sendo o meio mais seguro para evitar doenças graves e contagiosas, dando a proteção para o bem mais precioso: nossa Vida!
Há somente dois tipos de imunização: a imunização ativa e a imunização passiva e, dependendo das condições de saúde de cada indivíduo, é definida qual é a melhor alternativa a ser utilizada.
A vacina ativa é uma forma de imunização que faz com que nosso sistema imunológico crie anticorpos para enfrentar a doença, ao passo que a vacina passiva é aquela no qual o indivíduo recebe anticorpos que já estão prontos, sem haver uma estimulação do seu sistema imunológico.
IMUNIZAÇÃO ATIVA
A imunização ativa, por conter bactérias ou vírus vivos atenuados, não devem ser administradas para pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida, câncer ou tumores malignos ou que estejam sob tratamento de imunossupressores (medicamentos que diminuem ou inibem o sistema imunológico), para os casos de rejeição de órgãos transplantados, doenças autoimunes, artrite reumatoide, lúpus ou psoríase, ou câncer.
Algumas vacinas específicas possuem contraindicações adicionais, como:
- Vacina contra a febre-amarela: é contraindicada para crianças menores de 6 meses, mulheres amamentando crianças menores de 6 meses, pessoas com alergia grave a ovo, pessoas com HIV;
- Vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente — VPP23: é contraindicada para crianças, adolescentes e adultos que apresentam alergia causada por algum componente ou dose anterior da vacina;
- Vacina contra a dengue: sua contraindicação é para pessoas com alergia a outros imunizantes, imunossuprimidos (imunidade baixa), gestantes ou em período de amamentação;
- Vacina dT: é contraindicada para crianças menores de 7 anos, pessoas que apresentaram alergia ou eventos neurológicos dentro das seis semanas após a sua administração.
IMUNIZAÇÃO PASSIVA
Já a imunização passiva tem um risco maior de ocorrer reações alérgicas sendo indicadas somente em alguns casos específicos:
1. Quando a pessoa não consegue produzir anticorpos;
2. Quando a pessoa é submetida a uma doença para o qual não possui defesa imunológica, podendo causar complicações;
3. Quando a pessoa contraiu uma infecção antes de ser vacinada;
4. Quando a imunização ativa não está acessível;
5. Quando a imunização ativa é contraindicada.
A imunização passiva pode ser utilizada para tratar: distúrbios associados a toxinas, picadas de animais como cobras e aranhas, overdoses de drogas ou doenças infecciosas.
Em resumo, as razões para algumas pessoas terem reações diferentes em relação à maioria, está no quadro de saúde das pessoas (imunossuprimidas), nas doenças pré-existentes, alergia a determinado tipo de vacina e, também a fatores estruturais, como a vacina foi guardada, refrigerada ou aplicada, itens que garantem a qualidade da vacinação.
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